quinta-feira, 22 de março de 2018

POESIA - ESTÉRIL LOUCURA - THIAGO LUCARINI

Se fujo de mim
É porque não me agrada
As terras que habito.
Meu cerne é útero ressequido
Há falta de fertilidade,
Escasso adubo e cuidado.
Meu interior é árido, seco,
Onde toda semente pousada
Sofre para ser algo, sofre
Na tentativa de sorrir ou florir
Sendo quase sempre botão abortado.
Chuva? Só de pedra enxuta.
Sou de estéril loucura cultivado.

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