Naiá,
jovem índia, virgem
A
olhar para o céu, e almejar
Jaci,
deusa da lua, para ser filha sua.
Indiazinha
cruzou vales e montanhas
Ignorando
todos os avisos de cuidado
Em
busca de sua soberana
Para
estrela no firmamento virar.
Caminhadas
longas e sem fim, Naiá
Não
achou o que procurava.
Noite
escura, mata fechada, a índia viu
O
reflexo da sua desejada lua
Estampada
nas águas do rio.
Destemida
atirou-se ao encontro
Da
sua amada senhora
Morrendo
afogada.
Jaci,
piedosa, chorou
Compadeceu-se
do sacrifício da índia
Transformando-a
numa estrela-flor:
Vitória-régia,
única,
Nas
águas serenas, a desabrochar
Nas
noites sem fim, para a lua eterna.
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