quarta-feira, 22 de abril de 2015

POESIA - CALIPSO - THIAGO LUCARINI





Fui feita prisioneira, cativa
Como Calipso em Ogígia
Não sei ao certo
Por qual crime pago
Talvez, por meu sorriso casto
Rosto inocente
Ou por ter uma víbora
Dentro de mim.
Aqui nesta ilha suspensa do meu ser
Padeço, presa, num sofrer sem fim
— Que tamanho pecado eu cometi?
Meu único consolo
É que daqui do alto (eu)
Vejo as estrelas sorrirem
(para mim)
(de mim)
Mais perto.

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