sexta-feira, 24 de abril de 2015

POESIA - CAIM - THIAGO LUCARINI





Após o fruto proibido
Concepção: dois filhos
Inveja cega, moribunda.
Sangue verteu sobre a Terra
Do além Éden profanado,
Abel de doce candura
Tombou sob as mãos
Do irmão perverso, Caim
Nasceu então o primeiro,
Assassino.
Caim batizou Modus Operandi.
Julgamento, emancipação divina
Como prêmio funesto do Altar
Caim ganhou a marca maldita
Dos Céus
Inapagável
Em sinal do seu mal
Aonde quer que fosse
Seria reconhecido
Como ladrão de almas.
Será que Caim
No fim, tatuado em cólera
Arrependeu-se do seu ato?
Ou comportou-se sem remorso
Como um bandido qualquer?

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