Na minha angústia,
Caminhei despido de sentimentos,
Não havia lugar pra nada,
Somente o vácuo e,
O silêncio das cicatrizes,
Acompanhavam-me.
Andei pelos limites,
Do ser e do existir,
Sempre chovia,
As noites eram eternas,
Padecia o corpo,
A espera ansiosa,
De um pedaço de pão,
Todavia, só ganhava:
Lágrimas.
Ai de mim,
Que sou falho,
Humano e peregrino,
E assim, vaguei,
Em solos sagrados e profanos,
Colhendo milagres utópicos,
Tive minha jornada.
O sofrimento é parte da vida,
Enquanto o amor é consolo,
A dor é a propulsão da evolução.
O que doeu me transformou,
Achei minha estrela,
O sol brilhou a meia-noite,
No meu inverno pessoal.
Anjo caído,
Curou suas feridas,
Ganhou novas asas e,
Elevou-se ao céu,
Remido de todo pecado.
Não sou mais apenas uma sombra,
Jamais voltarei a estar,
Preso entre dois mundos diferentes,
Meu sangue flui alimentando minha alma,
Onde outrora nada existia para alem da dor,
Apenas Poeira ao vento sem alento,
Longos foram os dias que passei na escuridão,
E longas eram as noites de solidão.
Despindo minhas capas negras,
Minhas vestes são lapidadas pela luz,
Curando minhas cicatrizes,
Minhas asas restituídas e reforçadas,
Permite-me voar mais longe,
Abraçar o brilho do sol,
Apreciar a luz da lua,
A intensidade das estrelas,
Resgatei minha alma perdida,
Minha alma quebrada,
Assim como você pode resgatar a sua.
OBS: Anjo solitário caiu do céu, perdeu suas asas no caminho, e aconselhou-se no Silêncio das Cicatrizes deixadas para trás. Feliz anjo que encontrou seu lar de novo.
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