como um palhaço de repertório batido
meu corpo ainda conta histórias
de um ato acabado, amor findo.
minhas mãos traiçoeiras tremem
quando escuto aquela música,
acordo de sobressalto quando na noite
faróis param em frente ao portão,
o cérebro organiza os dias
sem a necessária subtração: 2-1,
o coração insiste em doer
como se sofresse por dor nova,
como se sofresse por dor nova,
e no silêncio da vida, da cama vazia,
os olhos tentam limpar a casa, a vida
para que eu possa ensaiar o corpo
a sentir algo diferente de solidão.
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