Os grandes mestres da língua choram do
além literário, nunca ler esteve tão
fora de moda. As pessoas assassinam a língua a todo instante, as facilidades tecnológicas
auxiliam neste processo de ‘emburrecimento’, mas não são rés solitárias. Os
dias atuais forçam tudo a ser ‘pra ontem’ e nesta pressa devastadora perde-se o
senso, o tempo e o aprendizado que poderia vir de uma boa leitura.
Numa era de pleno despontamento
literário, pequenas editoras pipocam pelo país a fora em busca de novos
autores, todavia, nem sempre estes potenciais formadores de opinião estão aptos,
e demandam corretores e revisores para suas obras, pois muitos querem escrever
sem ler e algo certamente dará errado nesta fórmula.
É preciso lembrar-nos piamente que os livros não
possuem apenas um papel de entretenimento ou passatempo. A literatura e suas
abordagens diversas têm o papel social, de educar e transmitir valores dentro
da comunidade na qual estamos inseridos ou mesmo fazer este cidadão pensar de
forma crítica sobre o mundo que o cerca.
Obviamente que falar de literatura numa nação onde
a educação pública é uma vergonha, chega a ser quase absurdo tal abordagem,
pois não existe a formação de leitores no Brasil. Isso não se aplica somente ao
mundo da fantasia, não sabemos ler rótulos, receitas médicas, interpretar
contratos. Somos engolidos pela ignorância, tolos nos atropelamos.
Os livros passam a ser apenas muletas ultrapassadas
e escritores: encostados sociais, consequentemente morre o país num mar de
incultos, a Palavra de protagonista auxiliadora torna-se antagonista da
sobrevivência. A
educação e literatura são a graxa que lubrifica as engrenagens de uma sociedade
não nos esqueçamos disso. Reencontremos essa palavra perdida e tão valiosa:
literatura. Mudemos já, na infância prematura ao invés de ofertamos a criança
um celular de última geração, plantemos livros em suas mãos.
Possivelmente, desta forma, voltaremos à
raiz do saber, deixaremos de ser folhas levadas pela correnteza do rio das
lamentações, para nos tornarmos resistência contra as águas impetuosas que
desejam ferozmente nos levar ao engano crucial. Façamos dos escritores e dos
seus livros uma ferramenta do pensamento, para gerarmos bons frutos num futuro
não tão distante.
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