O universo do reality show em O Bom Partido
publicado pela Editora Literata criado por Angie Stanley é
fascinante e muito verídico, de uma ousadia ímpar. Sua personagem central Sarah
Ballistieri possui simpatia e carisma excepcionais, além de ser divertidamente
engraçada. Sarah é uma mulher comum do dia a dia que possui aspirações ao
príncipe encantado (Qual mulher não tem?), é que devido à força da Mão do
Destino (sua irmã Luna) acaba por ter a chance que definitivamente mudará sua
vida e a do bom partido David Stern.
A estória é realmente um conto de fadas
moderno com direito a uma princesa ‘às avessas’, um príncipe inseguro, bobo da
corte e salvador, fadas madrinhas, e fugindo um pouco da regra, um anjo da
guarda, moreno, sexy de asas douradas que é a cara da Beyoncé (que ela não leia
esta resenha), uma pífia rainha má, e bruxas modelos magras e egocêntricas com todas
as suas crueldades. A grande sacada de O
Bom Partido é que o enredo envolvente e fluido não acaba onde esperasse que
acabasse; a estória vai muito além do tradicional “felizes para sempre”.
O livro é divertido, colorido, alto
astral mesmo nos momentos mais difíceis; Sarah é cativante, ela e David se
descobriram em meio a tumultos e situações engraçadas e desenvolveram um
sentimento de pertencimento, acolhimento e amor verdadeiro, que terá de
sobreviver às provações da magia cruel da mídia e de uma sogra opressora. David
em meio aos seus conflitos, e o dever de zelar pelo império da sua família, se
verá numa encruzilhada, onde terá que escolher entre o amor da mulher que o fez
se autodescobrir e florescer para a vida, e amá-la mesmo com todos os por menores do reality. Escolher entre o amor verdadeiro e afundar sua família na
miséria não será uma tarefa fácil.
Somos brindados com momentos hilários
com as personagens Druzila e Valdemar, dois anciões apaixonados e sexualmente
ativos, pensem no que isso pode gerar. O livro físico em si é um assunto à
parte, de acabamento perfeito, diagramação formidável e ilustrações belíssimas,
atrevo-me a dizer que O Bom Partido
se transformará numa joia rara da nossa literatura por um conjunto de fatores
que o tornaram tão especial. Essa obra transcende as suas páginas, é muito
maior do que o planejado (acredito eu). O
Bom Partido me surpreendeu de muitas maneiras e todas elas, positivamente.
Busco palavras, mas elas não me são
suficiente.
Como se tudo isso não bastasse o final é
um prelúdio para o próximo livro Os
Filhos de Ítaca. Angie foi muito feliz nesta obra, e com certeza fará os
seus leitores felizes, uma leitura recheada de diversão, risos, excitantes
momentos eróticos, muitas trapalhadas, e acima de tudo amor... Amor este que
será capaz de superar tudo, todos os obstáculos e ficará a povoar o nosso
imaginário, pois Sarah e David são inesquecíveis, mesmo quando se apagam as
luzes dos holofotes ou se encerra a última página.
Meu Deus... você é mesmo meu poeta favorito!!!!
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