segunda-feira, 4 de maio de 2015

POESIA - MOLHO - THIAGO LUCARINI





Corpo quebrado
Órgãos expostos
Vida rasgada.
Faço uma sopa do meu ser (substancial)
Saborosa, tediosa, rala
E molho do sangue do meu coração
Numa bandeja de prata polida.
Sou a refeição do Caos, imperioso
Que me frita nesta frigideira (Terra).
Somos alimentos, de algo maior
Prontos para o abate, abutres nos olham
Disfarçados de deuses
Loucos, por um pouco
(de molho humano).

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