Pele exposta, marcada.
Comichão de sarna
Abre-se em feridas.
A pele desfaz-se
Feito papel molhado
Sem simbólica poesia.
Não há costura nem sal
Que a remende ou cure,
Deixe-a sã, santa ou bonita,
Pois esta odiosa pele superficial
Não pertence a este corpo
Muito menos a esta vida intrínseca.
Na forja do nascimento vestiram
No boneco de argila animada
A pele-indumentária errada, apertada
E que, hoje, estrangula e trinca
A nobre cerâmica moldada,
Deformando a essência primária.
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