Sou médico socorrista dos
bombeiros. Um dia após chegar do plantão e dar um beijo de boa noite na minha
filha, eu me deparei com a Morte em seu berço. Ela me alertou de que eu estava
interferindo no seu trabalho e que nem todos deviam ser salvos. Agora toda vez
que há uma chamada de resgate, devo estar atento à maca na ambulância, pois se
a Morte estiver sobre ela, eu não devo agir, mas se a maca estiver vazia, posso
seguir com a rotina de salvamento. O que me amedronta é que sempre a Morte
aparece, ela segura uma das bonecas da minha filha numa ameaça clara a sua vida
mal iniciada.
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