Antônio prestava atenção na
conversa de duas senhoras sentadas a sua frente no último ônibus da noite. “...dizem
que não é bom pegar o último ônibus de qualquer linha. Coisas ruins acontecem:
aparições, estupros, seres de outros mundos, violência...” Todo arrepiado
Antônio se levantou e deu o sinal. Já à porta para descer, as velhas o
encararam com olhos leitosos e suas bocas se escancararam até a altura do
peito. O veículo parou com um solavanco e Antônio desceu aos tropeços do ônibus
que, após o fato, seguiu viagem sem nenhum outro passageiro a bordo.
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