(Pintura: Nicola Samori)
Olho para o relógio
Como quem morre um pouco
A cada segundo seguido.
Olho para o relógio
Como se o tempo não fosse guilhotina
Amolada nas pedras da minha rotina.
Olho para o relógio
Como se compartilhássemos similitude,
Mas apenas um de nós tem finitude.
Olho para o relógio, olho de Deus,
E se Ele me vê, certamente,
É hora final, tique-taque.
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