A Alvira Ribeiro de Meneses
e
Thayane Meneses da Silva.
Visita
vespertina
Repentina
e rápida
A
casa da vó
Um
sorriso sincero, radiante
Ao
ver a neta chegada.
Vó
sentada na mureta
A
sombra da jabuticabeira
Olhando
seu quintal de terra batida
E
suas plantas silentes:
Pé
de erva cidreira
Limoeiro
Figueira
repleta de figos
Aonde
pequenos micos vêm comer.
O
vô grita:
—
Pegue um figo.
A
vó retruca:
—
Deixe os figos pros micos cume.
Depois
de acertada os figos dos micos,
Vão
sentar-se a sombra da área arejada.
A
vó faz café, naquela tarde de sol
Café
passado, coado, servido
Em
copos de vidros, com sorrisos.
E
olha que o café nem era
O
mais gostoso daquele momento
O
mais gostoso mesmo
Era
o amor
Naquela
casa de vó
Com
sua figueira
E
micos famintos.
Um
até logo, beijo na serena neta
Se
finda outra visita
A
vó fica com olhos molhados
Esperando
a volta
Dos
micos
Da
figueira
Da
neta.
Guardada
pelo olhar da avó
A
neta contente vai subindo a rua
E
pensa:
“Vó,
pessoas como à senhora deviam ser eternas”.
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