(Ilustração: Tomasz Allen Kopera)
Caio porque é sina,
Caio porque é sina,
Sinal da minha ferida,
E então, falo de mim
Como se não fosse eu,
Pois é mais fácil fingir distanciamento
Daquilo que lateja no avesso.
Ao falar como outro
Retiro parte daquilo que sinto,
Da dor alojada pelo corpo inteiro,
E assim, longe de mim pela palavra
Deixo longe a dor da ferida
Que é só minha.
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