(Ilustração: Tomasz Allen Kopera)
Voo para fora da minha janela
Como um pequeno facho de luz
Em busca de algo longe
Dessas paredes pardas que formam
Alguns metros quadrados de solidão.
Viajo ao céu em busca de algum reflexo,
Mas nada acho, devido a minha pequenez
Não existe imensidão que eu possa cruzar,
Sem qualquer refração
Entre humano e divino
Volto à origem,
E só no chão, de janela fechada,
Como um Narciso invertido
Vejo minha feiura sem perdão.