Enxuguei o resto das minhas lágrimas
Com os farrapos do nosso fim.
Não cabe mais a mim, o choro.
Você despejou sobre meus ombros
Medo e solidão, incapacidade,
Mas é tempo de reconstruir alicerces,
Reestruturar outros sentidos, ir em frente.
O que você fez um dia será perdoado,
Agora tempos escolhas não ditas e não
Podemos negar nem mostrar misericórdia,
Seguiremos sóbrios desta decisão
Por caminhos desconhecidos
Daquilo que originou o “nós”.
Vamos ao amanhã cheios em crer
Que logo abandonaremos a chuva,
Que deixaremos de ser meros feridos
Para sermos estranhos inteiros.