Não é da conta
Do sacro e tinhoso poeta
A dilatação destes devaneios.
Feito cloaca de galinha,
Os olhos expelem tudo
De uma vez só, sem dó,
Pois assim não dói quando sai
As virtudes e medos, e as quimeras.
Tudo passa pelo reflexo dos olhos
Estes cus da cara
De inversão escatológica
Da razão lírica e beatificada.
Malditos prazerosos da beleza
Sodomizados pelos dedos românticos e pelo amor,
Vaselina de lágrimas, portas dos pecados sem pregas.
Se mijam ou apenas choram,
Se cagam os cacos do cerne em verve
É o mote estético do estro que irá tentar dizer,
Tentar teimosamente fazer boa obra de arte
Ou apenas mais uma porra de esterco estético patético,
Ao qual, não abarca nenhum juízo de valor aos alheios.
Tecem-se os sentidos sentimentos
Nos cílios cintilantes de encantos e alegria.
Gozam os olhos o júbilo do ardor da vida devassada.